A Bicicletada
Uma bicicletada
não só por mais mobilidade no meio urbano, mas também criticando a
forma como ele nos é imposto e o modo como ele é
constituído/construído. Visando somente os interesses
corporativos, comerciais ou estatais, sem qualquer intervenção ou
questionamento da população. E, além de tudo, um meio feito
principalmente para carros, onde a solução para o número absurdo
de automóveis é a construção de mais vias, ruas e estradas,
aumentando cada vez mais as distâncias e nos tornando dia após dia
mais dependentes do transporte motorizado.
Toda última
sexta-feira do mês é dia de Bicicletada!
Várias cidades no país e no mundo estarão na mesma hora celebrando
as bicicletas pelas ruas das cidades.
No Rio, que tal pedalar por Botafogo em plena sexta feira na hora
do rush? Trânsito todo parado, tranqüilidade total para se
trafegar de bicicleta e um contato direto com a realidade do
transporte urbano. Um momento para mostrar aqueles que estão
parados no engarrafamento que a bicicleta pode ser uma excelente
solução, simplesmente por nos ver deslizando pelas avenidas
congestionadas. Vamos lá, última sexta de todos os meses!
Lista de Discussão da Bicicletada-Rio
Comunidade da Bicicletada Rio de Janeiro no Orkut
Fonte: http://www.bicicletada.org
|
O que é a
Bicicletada?
A Bicicletada é um
movimento sem líderes inspirada na Massa Crítica, uma
"coincidência organizada" que começou a tomar as ruas de São
Francisco nos EUA no início dos anos 90, onde ciclistas se juntam
para reivindicar seu espaço nas ruas. Veja a definição de
Bicicletada e
Massa Crítica na Wikipédia.
As bicicletadas brasileiras são uma criação coletiva de todos os
participantes, portanto fiquem à vontade para criar a sua própria
bicicletada e alterar o conteúdo.
Não existe um objetivo central, mas diversos objetivos sempre
decididos pelos participantes. No entanto um mote em geral une os
participantes. A Bicicletada serve para divulgar a bicicleta como
um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste
veículo e tornar mais ecológicos e sustentáveis os sistemas de
transporte de pessoas, principalmente no meio urbano.
A Bicicletada, assim como a Massa Crítica, não tem líderes ou
estatutos, o que leva a variações de postura e comportamento de
acordo com os participantes de cada localidade ou evento.
Dentre a pluralidade de motes, está o lema "um carro a menos",
usado principalmente para tentar obter um maior respeito dos
veículos motorizados que trafegam nas ruas saturadas das grandes
cidades. Outro slogan levantado é o "Nós somos o trânsito". A
idéia é deixar claro aos motoristas que a bicicleta é apenas mais
um componente da mobilidade urbana e que merece o devido respeito.
Objetivos:
1. Pedalar;
2. Divulgar, estimular, promover e criar condições favoráveis para
o uso da bicicleta como meio de transporte;
3. Integrar os ciclistas da cidade e valorizar a cultura da
bicicleta;
4. Conscientizar os usuários dos meios de transporte motorizados
da importância da bicicleta para aliviar os congestionamentos;
Veja também:
Fazendo uma Bicicletada
Princípios
Como Participar
|
Justificativas:
Sinal
fechado para os ciclistas na ciclovia e para os carros na rua.
Apesar da ciclista ter sido educada ao parar no sinal vermelho, a
maioria acha que estão certos ao ignorar o sinal vermelho e a
presença do pedestre na ciclovia, mesmo com a sinalização própria
para o ciclista e das placas ao longo da ciclovia que educa o
ciclista a dar preferência ao pedestre. Por não haver leis de
conduta em ciclovias, realizam-se campanhas educativas, como o
Pedale Legal RJ, que acabam sendo ineficientes por não serem
permanentes. Daí a necessidade da implantação da Ciclo Cultura e sua
definição.
|
As
placas ao longo da ciclovia, que educam as pessoas a como se
comportarem na ciclovia, são praticamente invisíveis, tanto para a
visão dos ciclistas como para a dos corredores e pedestres. Quase
ninguém conhece as placas e seus avisos. Apesar de haver leis no
Código de Trânsito Brasileiro e punições para os ciclistas que não
respeitam, algumas condutas em ciclovias são apenas regras e depende
dos ciclistas respeitar para serem respeitados. Clique no link
Regras Básicas e veja o que se pode ou não fazer nas ciclovias,
ciclofaixas e faixas de lazer. Tirado do site da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro e que fez parte da
campanha Bicicletas Amarelas/Bikes Mirins.
|
É
permitido correr e patinar nas ciclovias onde sua presença não seja
expressamente proibida, desde que se mantenha ao passo, na mão,
alinhado à direita.
Segundo o
que dizem as placas e as
Regras Básicas da campanha da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente do Rio de Janeiro. Mas quando duas pessoas correm lado a
lado, a ciclovia fica obstruída e obriga o ciclista a ultrapassar
pela contramão. Aumentado as chances de acontecer um acidente.
Caminhar só é permitido nas ciclovias expressamente definidas como
faixa compartilhada de ciclistas e pedestres. Geralmente essas
ciclovias são feitas em cima das calçadas. Nas ciclovias localizadas
na orla da praia não é permitido caminhar, salvo
para travessia.
|
Carros
estacionados na ciclovia exclusiva para os ciclistas ficam
obstruindo o caminho e em alguns casos obrigam as pessoas a terem
que se arriscar indo pela rua para seguir. Esse fato é muito comum
apesar das leis:
Art. 181. Estacionar o veículo: VIII - no passeio ou
sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem
como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais,
divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou
jardim público: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida
administrativa - remoção do veículo;
|
Art. 58. Nas vias urbanas, a circulação
de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia,
ciclofaixa, ou acostamento, nos bordos da pista de rolamento, no
mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com
preferência sobre os veículos automotores.
|
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde
não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em
desacordo com o disposto no parágrafo único do Art. 59:
Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa -
remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a
circulação de bicicletas nos passeios.
|
Trabalhador que
parou no meio da rua com a bicicleta para falar no celular,
atrapalhando os carros de fazerem a curva e bem na frente do carro
da guarda municipal. Talvez o guarda nem saiba que o ciclista faz
parte do código de trânsito brasileiro e que em algumas condutas do
ciclista, podem acarretar em multas, como descrito no
Art. 255.
As empresas devem estar qualificando seus funcionários para dar
exemplo já que o trabalhador leva a marca da empresa na camisa.
Assim como as autoridades devem fazer cumprir as leis do CTB.
|
Art. 58.
Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de
bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa,
ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos
bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação
regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos
automotores.
Parágrafo único.
A autoridade
de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a
circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos
automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
|
Enquetes:
As enquetes
da Via Pedal tem o intuito de "pesquisa", para que possamos moldar os
ciclistas brasileiros e conhecermos melhor as suas necessidades.
Ajude-nos a fazer esses números. |
|
Origem do Problema:
A bicicleta teve seu apogeu na Europa, nos anos que
antecederam à Segunda Guerra Mundial, quando milhões de pessoas usavam a
bicicleta pelo prazer e pelo transporte. Contudo, a guerra destruiu
grandes cidades de vários países, que tiveram que ser reconstruída. A
Alemanha, Bélgica e os paises baixos da Europa, foram reconstruídos com
pistas de bicicleta para fazer parte das suas infra-estruturas de
transporte.
Por outro lado, na Grã-Bretanha e na América do Norte não foi feita
mesma coisa, a bicicleta saiu de moda devido ao aumento da popularidade
do carro. Após anos, a moda do veículo motorizado se estendeu por todas
as Américas.
Nos anos 70 os ciclistas da Califórnia começaram a explorar trilhas com
bicicletas adaptadas, o que fez dar um novo impulso para a bicicleta,
incentivando fabricantes a criarem um novo tipo de bicicleta, capaz de
subir montanhas, posteriormente chamada de Mountain Bike. O termo
mountain bike hoje também esta relacionado a uma modalidade dentro do
ciclismo e é considerada um esporte olímpico.
No Brasil, a popularidade da bicicleta voltou a crescer com a importação
das bicicletas Mountain Bike, se transformando num bom mercado de
investimento, varias lojas especializadas foram abertas por todo o país
e as ciclovias foram construídas. Em pouco tempo, a bicicleta conseguiu
retomar o seu lugar na sociedade brasileira obtendo seus direitos e
deveres no código de transito. Contudo esse crescimento descontrolado
que causou alguns efeitos colaterais. Como alguns ciclistas
irresponsáveis que andam pela calçada em alta velocidade, ou pelas ruas
na contramão, e os que andam na mão, mas não respeitam o sinal de
trânsito. Ao mesmo tempo, temos a falta de respeito de alguns motoristas
ao ciclista. Na verdade se tenta concertar esses erros com leis.
O cicloturismo só começou a crescer a pouco mais de dez anos no Brasil.
Nas grandes cidades européias, é comum ver passeios turísticos de
bicicleta guiados. Por isso há uma grande demanda de estrangeiros
interessados nesse produto quando chega ao Brasil, e é raro encontrar,
mas no Rio de Janeiro a Via Pedal presta esse serviço. Porem fica uma
carência não só para os estrangeiros, mas para os brasileiros que
desejam viajar de bicicleta pelo Brasil. Quando se procura informações
sobre o melhor caminho a seguir, o ciclista só encontra guias
direcionados para veículos motorizados.
Conseqüentemente, quando não existe informações específicas para
ciclistas, o mesmo acaba escolhendo sua própria rota, muitas vezes pelas
estradas da BR’s, tendo que disputar espaço com caminhões e ônibus
interestaduais. O esporte fica mais perigoso e acaba sendo visto como
“coisa de maluco”.
O Turismo de Aventura ou o Esporte de Aventura é conhecido por interagir
com a natureza e desafiá-la consciente dos ricos e se precavendo dos
perigos, como tem que ser. O acidente rodoviário, é um dos motivos que
mais mata no Brasil. Por outro lado, todas as estatísticas de acidentes
no Turismo de Aventura, colocam o cicloturismo em último, sendo o mais
seguro.
Será que é o mais seguro mesmo? Ou será que é o menos praticado? Mas
como incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e lazer,
evitando que aconteça nas estradas o que acontece hoje em áreas urbanas?
|