Atualizado em: 14/11/13

 

   

 
 
Minha História de BiKer
VOLTAR
 
Minha história com a bicicleta não é diferente de qualquer outra pessoa. Começou na infância como um desejo de criança que pede numa carta ao Papai Noel um presente de Natal. Pelos meus cálculos, foi no inicio da década de 80 ganhei minha primeira bicicleta. Para os olhos de um menino, numa época sem computadores e vídeos games, a bicicleta era o “brinquedo” mais cogitado e o fato de saber andar sem as rodinhas era uma onda, para não ser zoado. Acho que isso não mudou muito com o passar dos tempos.
 
 
Conforme crescia minha vontade de pedalar ia além de uma volta no quarteirão, as manobras e velocidade me davam o verdadeiro prazer de andar de bike. Então peguei uma BMX, não era muito bom nas manobras, apesar de fazer tentar, mas o que gostava mesmo era descer as ladeiras de garagens com a bicicleta, ai começarão os tombos. Com a chegada dos vídeo games e vídeo cassetes, a bicicleta ficou um pouco de lado. Mas quando o mountain bike ganhou força na Califórnia, e as bicicletas com marchas começaram a chegar no Brasil, a paixão voltou. No inicio eu não tinha bicicleta, mas minha irmã comprou uma bike de 18 marchas ROSA CHOCK, na época a maioria das mountain bikes tinham cores "CHEGUEI", era verde limão, laranjão e o rosa chock, mas eu não me importava e de vez em quando pegava a bicicleta rosa chock da minha irmã para pedalar.
 
Mas a grande descoberta, foi quando pensei na possibilidade de ir pedalando para escola. Realmente sentia muita dificuldade de deslocamento e comecei a pensar na bike como meio de locomoção. Nascido e criado no Rio, no inicio dos anos 90, tivemos o evento Eco 92 no Rio e começava a se falar em mudanças climáticas, na época havia o El Niño. Ao mesmo tempo descobria que estava com colesterol muito alto, sempre gostei de comer e vivo acima do peso...rs. Então um belo dia fui pedalando para escola, foi um sucesso pessoal e social. Ganhei tempo, economizei o dinheiro da passagem, melhorei minha saúde e aparência. Para muitos na escola, o fato de sair do bairro de Laranjeiras pedalando até Ipanema era uma proeza e chamava a atenção, então fiquei "popular", fiz novas amizades e, é claro, namorada...rs.
 
Mas não parou por ai, um amigo me chamou para subir as Paineiras, uma montanha no Parque Nacional da Tijuca, onde há cachoeiras e muito verde. A subida tem 12 km, chegando a mais de 450 metros de altura acima do nível do mar. Foi um grande desafio e aprendi a usar corretamente as marchas. Mas o que mudou foi a adrenalina da descida, me lembrou os tempos de criança quando descia a ladeira da garagem do meu prédio, só que durava muito mais tempo (vídeo). Nessa época a Bike Cor de Rosa Chock já tinha sido roubada quando eu á prendi num poste, ainda não consigo entender quem roubaria aquela bike, mas foi bom por adquirir uma Caloi Aluminum. Bom o fim da Caloi Aluminum foi debaixo de um ônibus,  o pneu do ônibus também passou pelo meu pé e apesar da luxação, graças a DEUS, não quebrei nenhum osso. Depois tive uma Harpy que acabei com o quadro partindo-o no meio quando descia uma estrada de terra em Visconde de Mauá. Não tinha muita pretensão, só queria me divertir.
Foi com a Harpy que fiz minha primeira viagem de bicicleta (Cicloturismo Registrado) em 96. Como não havia internet para poder conhecer alguém que já havia feito uma viagem de bicicleta e pegar algumas dicas, eu fui com a cara e a coragem. Resolvi pedalar até Maricá (45 km) e um mês depois estava indo para Cabo Frio (184 km). Quando votei me senti um artista pela forma que fui tratado, todo mundo queira ouvir a historia da viagem e ver as fotos, muitas perguntas sobre a façanha, e acabei sendo referência para as outras pessoas que queriam fazer o mesmo. Três meses após a minha chegada da viagem, pedalei novamente para Cabo Frio com um grande amigo, que depois veio a se tornar meu camarada de aventuras pelo Rio e minha referência em trilha de bike. Com isso minha habilidade de manobras e saltos melhorou e resolvi montar uma bicicleta personalizada, peguei um quadro GT Tequesta de cromo-molibdênio e um conjunto Shimano Alivio. Vivia descendo a Trilha da Vista Chinesa (downhill) e ficava dando voltas no circuito que havia no Parque da Cidade feito nas terras do dono da Ciclo Ponto, uma loja de bike que havia no Leblon. Bom, o final dessa historia você conhece, é a Via Pedal. Clique aqui par ver as fotos de alguns pedais que eu fiz. Abraço.
 
Todos os direitos reservados a Via Pedal Expedições e Turismo Ltda.